Entenda como funcionam as renegociações de dívidas bancárias

O Brasil ainda vive uma situação de incerteza com relação à recuperação da economia. Justamente por este motivo, quem está em uma situação de inadimplência deve buscar a renegociação de dívidas o quanto antes, evitando que o problema se torne ainda maior no futuro.

Para quem possui dívidas com o banco, decorrentes de empréstimos, cheque especial ou cartão de crédito, a renegociação não é apenas um caminho necessário, como também pode representar vantagens ao devedor, já que os valores finais podem ser reduzidos para que o indivíduo regularize a sua situação.

Antes de aceitar o acordo, no entanto, é importante estar atento aos direitos do consumidor, além de ter a certeza de que será capaz de cumprir o contrato de renegociação.

Para saber como funcionam as renegociações de dívidas e quais as melhores medidas antes de assinar um acordo, vale a pena conferir!

O que é uma renegociação de dívidas?

Uma renegociação de dívidas nada mais é do que um novo contrato, que estabelece direitos e obrigações, tanto para o devedor, quanto para o credor.

Como as políticas de renegociação dos bancos podem conter algumas práticas abusivas, antes mesmo de assinar o contrato, é fundamental que o devedor esteja ciente de seus direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor. O devedor não é obrigado a aceitar todas as condições do contrato proposto pelo banco e pode também apresentar uma contraproposta.

Analisando o contrato de renegociação

O mais importante, antes de aceitar as condições da renegociação, é que o devedor tenha ciência sobre as obrigações que assume e, principalmente, deve analisar se de fato tem condições para arcar com as novas parcelas.

Caso contrário, a dívida pode acabar se transformando em uma verdadeira bola de neve, deixando o problema ainda maior.

É fundamental que todo o processo de renegociação fique bem documentado e que todas as condições do contrato sejam bem compreendidas antes de serem aceitas. Nas renegociações com o banco, como existe uma certa complexidade com relação ao cálculo de juros principalmente, é comum que o devedor se sinta confuso. Porém, é essencial conferir os valores, entender as condições do contrato, principalmente com relação à taxas de juros e outros ônus aplicáveis. Esse tipo de precaução inicial evita uma série de questionamentos e problemas na Justiça.

Renegociação e direitos do devedor

Todo devedor possui uma série de direitos com relação à prática de renegociação. Um dos menos conhecidos diz respeito à possibilidade de o devedor transferir sua dívida para outra instituição financeira que tenha taxas de juros mais vantajosas, por exemplo.

Assim que o devedor assume a renegociação e assina o contrato, seu nome deve ser automaticamente excluído dos cadastros de inadimplentes, sem que tenha que arcar com nenhum ônus como o pagamento de empresas para limpar seu nome, ou mesmo terceiros que façam esse tipo de serviço.

Por fim, no caso de antecipação de qualquer pagamento, os juros embutidos também devem ser descontados. Caso exista dúvida sobre esse cálculo, é recomendável que o devedor busque os órgãos de defesa do consumidor ou mesmo um profissional de sua confiança que o ajude nesta tarefa.

Casos de abusividade no contrato de renegociação também podem ser questionados na Justiça, por isso, é importante entender bem sobre as suas condições.

Atualmente, o banco costuma facilitar as condições para que o devedor solucione a sua questão. Porém é importante estar atento, já que em parcelas pequenas e contratos com grandes períodos, por exemplo, os juros sempre acabam sendo maiores.

Embora o devedor não precise de ninguém para promover a renegociação de dívidas, sempre que tiver dúvidas, vale a pena esclarecê-las antes de ir em frente com o contrato. Isso pode evitar muita dor de cabeça no futuro e até gastos maiores decorrentes de processos judiciais.

Você tem problemas com dívidas? Tem dúvidas sobre a renegociação? Deixe seus comentários abaixo.